by redação crescêncio engenharia
Edifício Barão de Iguape, considerado por muitos o primeiro empreendimento de fachada cortina no Brasil,
— Crescencio Petrucci
Esse empreendimento foi por um período a sede do banco Moreira Salles, e o primeiro grande arranha-céu da cidade de São Paulo.
O edifício que ficava em São Paulo, inaugurado em 1968, ficou muito conhecido por ser feito em fachada cortina e totalmente envidraçado.
usava uma tecnologia inovadora para a arquitetura na época, que era ter lajes em balanço, lajes nervuradas e pilares recuados, e justamente essa inovação permitiu ter um grande pano de vidro e alumínio para revestir esse empreendimento.
Teve grandes inovações para a época, ao invés de janelas projetantes, basculantes ou maxim-ar, suas janelas são de correr.
com uma fachada cortina que apesar de ser em aço e não usar alumínio como é muito comum hoje em dia, tem um projeto de fachada cortina mundialmente conhecido pelo trabalho da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi.
Obras de construção da nova sede, 1965
Belvedere Trianon
Acervo Fotográfico – Arquivo Histórico de São Paulo
Acervo Fotográfico – Arquivo Histórico de São Paulo
Na década de 80 no Brasil o vidro começa a ser protagonista nas construções com fachada cortina e é colocado como elemento principal, as estruturas de alumínio são instaladas por dentro com poucas marcações e perfis aparentes.
Revestido com pele de vidro, tem uma área de vidro muito maior que outros empreendimentos da época, e já foi a sede da Gafisa.
em São Paulo foi um dos primeiros prédios com os vidros colados com silicone estrutural, adesivo estrutural, sendo a primeira fachada tipo Glazing no Brasil.
Tendo o primeiro sistema de fachada unitizada no país, os outros empreendimentos semelhantes eram de esquadrias entre vãos.
Na época, o empreendimento com maior valor de contrato de esquadrias, superando em dez vezes os prédios maiores que existiam no Brasil.
Sua fachada cortina contou com uma logística bastante complexa onde os painéis da fachada com vidro insulado saíram de São Paulo embalados com transporte tanto por caminhão quanto via marítima.
A fachada cortina com aproximadamente 24.000 m² de vidros insulados laminados possui controle de luz solar com propriedades térmicas e acústicas, e torna o Birmann 32 um dos marcos da capital paulista em questões de estilo, sustentabilidade, cultura e engenharia.
Para impactar a entrada do edifício foi projetada uma grande escultura de baleia com 20 metros de comprimento
Sua geometria foi só um dos desafio, um grande diferencial é o fato da stack joint e split mullion terem sido desenhadas para considerar uma certa movimentação da estrutura de concreto sem que houvesse um choque mecânico entre os painéis a ponto que pudesse danificá-los ou prejudicar uma ancoragem